sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Felicidades


Nesse período em que o Rockeiros, poetas e loucos está no ar, muita coisa boa aconteceu, a companhia de vocês aqui lendo e comentando (alguns), a participação dos amigos mandando suas poesias (em especial meu amigo Juca) e a resposta positiva que vocês me dão quando nos encontramos pessoalmente, isso tem feito com que eu continue e tente sempre fazer o melhor. Hoje quero agradecer a todos e desejar um Feliz 2011 com muita saúde, paz, amor e sobretudo muita ALEGRIA!

Alegria, alegria. Faça como eu, sorria!

D. Fernando

E se fosse?



Eu estava pensando em fechar o ano sem postar mais nenhum texto. Mas daí estava aqui em casa hoje fechando o meu outro blog, quando um vizinho que tem um gosto musical horrível, colocou uma música para tocar bem alto (eles sempre fazem isso, ô povinho pobre he he he) e essa ‘canção’ falava que o mundo hoje é gay. Me ocorreu uma série de situações inusitadas com  o que fora afirmado pelo ‘cantor’.

Imagine se esse boilísmo adquirido invadisse o mundo dos quadrinhos e desenhos animados. O He – Man, por exemplo, seria He – Gay. Já pensou ele dizendo:

- Pelos poderes de gayscow, uuui que espada pesada!
- Eu tenho a purpuriiiiiiinaaaaa!

E mirava o raio que saia da espada para o seu mascote, um indefeso gatinho que não desconfia do seu trágico destino, e eis que o coitado se transforma:

- Meeeeaaaauuuuuuiiiiiiiii

E He – Gay o chama:

- Vamos Pantera Cor de Rosa, vamos arrasar com a cara desses vilões horrendos e desclassificados!

 Já pensou. Não vou falar do Batman e do Robin, pois a fama dos dois já fala por si só. Mas e o Super-Homem, imaginem um Super-Gay,  revoltadéééééérrimo com o seu uniforme:

- Arrghh, que cor horrível! Esse negocio de colante azul e cuequinha vermelha já está fora de moda. Acho que vou sair por aí voando nú, nuzinho, ou no máximo com um fio dental rosa, sei lá...

Naquele instante na sala de justiça, Hulk entra todo feliz e saltitante:

- Ah Super-Gay, olha pra mim, olha pra mim!
- Meniiiiina, Hulka quem é a senhora mulher? Arrasando toda rosa, como você conseguiu?
- Ah sei lá! Passou uma estrela cadente e eu pedi para não ser mais verde e sim rosinha!
- Arrasou mona, bate!
- Mas veja bem, imagine Hulka, se você ficasse uma parte verde e outra rosa, também seria o máximo menina.
- Você acha?
- Claro! Você seria o maior destaque no carnaval da mangueira uuuiiiii!

Isso apenas no mundo dos desenhos animados hein!   

D. Fernando

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Aniversário chato? Só se eu não for!


Estão querendo acabar com as fantasias das crianças. Outro dia desses na festa do meu sobrinho colocaram um desses DVDs infantis evangélicos que infestam o mundo por aí. Pois bem, estava tocando uma versão de atirei o pau no gato digamos assim, politicamente correta, sem graça mesmo.Quem cantava a canção era uma senhora com cara de madre Teresa de Caucutá ou não, sei lá, ela é evangélica pode não gostar da comparação, mas tudo bem, eu acho que ela não terá a felicidade de ler isso mesmo. E a letra daquela versão chata dizia o seguinte: “não atirei o pau no gato, pois eu não sou uma criança má la la la la...”

As crianças presentes na festa, todas com aquela carinha de quem não pode ver o gato da vizinha que taca logo um tijolo no bichano, estavam com certeza achando aquilo um saco, dava para ver na expressão de cada um deles.

Como são muito curiosos, perguntavam a todo adulto que passava na sala:

- Tio o senhor já atirou o pau no gato?
- Não crianças, não pode fazer isso, o bichinho não faz mau a ninguém.

E eu no meu canto pensava com os meus botões: Esse aí nunca assistiu o Piu Piu e o Frajola, ô animal!

Mas uma se atrevia a passar na frente da TV, e tome pergunta:

- Tia a senhora já atirou o pau no gato?
- Não meninos e meninas (era da família do Renato Russo), isso é muito feio.

Vocês precisavam ver a cara de decepção da molecada.

Resolvi sair um pouco. Na volta sem querer he he he, passei em frente a TV, os pais dos garotos ficaram me olhando com aquela cara de agora vem bomba e antes mesmo dos meninos me perguntarem alguma coisa, eles já estavam desesperados, fazendo gestos para que eu dissesse que nunca atirei o pau no gato.

Minha filha olhou para mim com aquela carinha de anjinho dela e tascou a pergunta:

- Pai o senhor já atirou o pau no gato?

Nesse instante resolvi olhar para a outra sala onde estavam os pais, que cena, minha esposa desesperada fazendo mímica, minha cunhada ajoelhada, o marido dela gritava, quer dizer, fazia aquele gesto como se estivesse gritando: Não, diga que não pelo amor de Deus!

- Eu filhinha?
- É painho, já?
- Eu atirei o pau no gato, joguei pedra no cachorro, puxei o rabo do macaco e ainda arranquei as penas do papagaio!
- Aaaaêêêêêêê

Gritaram, pularam, estouraram as bolas antes da festa acabar, foi um alvoroço, mas o melhor de tudo é que na correria um loirinho com a cara do Chucky ( pelo amor de Deus não deixem uma faca perto daquele menino) desligou a TV acabando com aquele martírio que tinha se transformado a festa de aniversário.

D. Fernando

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Deserto no meu coração


Deserto no meu coração

Com o frio do vento fazendo estremecer os ossos, eu sigo em frente, procurando as respostas para as dúvidas que insistem em me tirar o sono todas as noites.

O reflexo da luz no chão incomoda os meus olhos, tento apressar os passos, piso firme, mas os pés enterram-se na areia, por mais que eu tente caminhar sozinho é tão difícil.

A luz que me guia parece cada vez mais distante, mas não desisto, brinco loucamente com a possibilidade de nunca alcançá-la, saio de mim por alguns instantes, estendo as mãos para o céu e percebo que estou ajoelhado, como sempre estive a vida inteira.

D.Fernando

sábado, 20 de novembro de 2010

Compartilhando textos e poesias.

Neste meu retorno as postagens, fiquei muito feliz em receber alguns poemas dos amigos e leitores do blog para serem punlicados aqui. Esse poema foi enviado sem o título e o poeta ou a poeta se autodenomina Star, espero que vocês gostem.


Jesus é o caminho a verdade e a vida
é o  ponto de partida
para nossa salvaçao.

Ele é refùgio e fortaleza
que nos livra das tristezas
que machuca o coração.

Não esqueça meu irmão
ele é filho do deus vivo
é nosso mestre mais querido
que nos liberta da opressão.

Ele é caminho verdadeiro
para se chegar ao criador
por amor doou-se inteiro
para salvar o pecador.

Star      

Compartilhando textos e poesias.

Hoje trago para vocês a estréia do nosso querido amigo Josimar de São José da Laje aqui no blog com uma poesia.



No fundo do meu coração

Eu quero escrever
Mas na verdade
Só penso em você
Eu quero sentir
E no entanto
Só consigo fingir
Eu quero salvar minha dor
Mas como salvar?
Se você não vê um amor
Eu quero ser livre
Mas sou feliz
Nas grades do seu coração
Eu quero escrever uma canção
Só pra você com muita emoção
Porque sei que não vou te ter
Mas sei que quando a ouvir
Vou sempre lembrar você

Josimar Oliveira

Compartilhando textos e poesias

Olá pessoas. Eu passei um bom tempo sem postar por aqui, estava um pouco entediado, então simplesmente resolvi parar um pouco, mas hoje retorno em parceria com meu amigo Juca Oliviera ou para os amigos do curso de letras Josimar (São José da Laje). Ontém a noite na aula de gêneros textuais em língua inglesa, o professor dividiu a turma em pares e pediu para que elaborássemos uma história que envolvesse mistério, crime, assassinato...

Bem, ficamos eu e o Juca, daí já viu né, não poderia dar em outra coisa, de nossas mentes tortas saiu essa mini comédia-mistério. Trago para vocês agora a tradução do nosso texto:



O Grito

Três rapazes voltavam de um show da banda de rock Deep Purple, eles caminhavam por uma rua deserta e escura. Assustados, conversavam para afastar o medo de suas mentes, de repente ouve-se um grito.

- Meu deus do céu que barulho foi esse?
- Sei lá! Corre
- Esperem por mim, eu estou muito gordo e cansado.

O medo e o desespero tomava conta do corpo e da alma daqueles jovens, eles chegaram até uma praça, mas estava tudo tão escuro, tão deserto.

Uma luz muito forte cegava os olhos dos rapazes. Desespero. Uma vóz surge em meio aquele clima soturno e angustiante:

- Hey garotos! Para onde vocês estão indo?
- O que?
- É só um ônibus!

O motorista do ônibus sorriu e disse:

E aí? estão indo para onde?

Juca Oliveira & D. Fernando

sábado, 25 de setembro de 2010

Uma obra em favor do povo.


A fossa


Há mais de oito anos venho tentando acabar essa obra, muitos já classificaram a mesma como faraônica, mas acredito eu, ser esta uma obra de grande utilidade não só para mim, mas para o mundo. Depois de tanto tempo consegui terminar a fossa da minha casa, não, não é uma fossa qualquer, se compararmos com outras fossas a minha seria uma fossa olímpica, senão vejamos: 6 metros de largura x 12 de comprimento e 40 de profundidade he he he.

Meus amigos Rado e Josivânia devem estar muito felizes por mim. Afinal desde a época em que trabalhávamos juntos que essa obra prima do engenheirismo fossilista já estava em andamento.

Algumas pessoas me questionam sobre o tempo que vai levar para encher uma fossa dessas, eu digo que fiquem tranqüilos, essa obra é algo de utilidade pública, algo para dividir com os amigos, é uma obra em beneficio de todos. Já fiz parceria com alguns órgãos públicos do município e estou aberto para algumas parcerias privadas.

A câmara de vereadores foi o primeiro órgão a aderir a essa parceria, é verdade que meio na pressão. Irei fazer uma ligação direta entre a saída de som da câmara e a entrada da fossa, dessa forma as merdas que são ditas naquela casa e costumeiramente caem no ouvido do povo irão direto para um lugar apropriado. Outro local que aderiu a nossa proposta foi à prefeitura municipal. Foi comprovado cientificamente que lá é o lugar onde se faz mais merda nesse município. Fico imaginando o povo lá dentro dizendo:

- Ihhh fizemos merda outra vez e agora?
- Não se preocupa não minha filha, agora vai direto para a fossa, ninguém vai ficar sabendo.

Não imaginam eles que tudo que entra nessa fossa é devidamente registrado, rotulado, carimbado e depois se for o caso, é jogado no ventilador, aí já viu né. He he he.

Desde já quero convidar todos os meus amigos para a inauguração da fossa. Podem trazer a família, o gato, o cachorro, o papagaio. Fiquem a vontade. Tragam roupa de banho, vai que numa dessas você quer dar um mergulho hein. Ou alguém mais afoito manda o outro ir à merda, aproveita e vai sem medo.

Ah! Eu não disse a data da inauguração. Que cabeça a minha. Vai ser no próximo dia 03 de outubro, não por acaso o dia da eleição, é que nesse dia a maioria dos brasileiros costuma fazer muita mmmmeeeeeerrrrrrrrdddddddddaaaaaaaaa.


D. Fernando



Compartilhando textos e poesias.

Trago para vocês mais uma belíssima poesia de Oraciano.

Fácil ?

Não é fácil amar,
Quando não se tem amor,
Nem sorrir,
Quando não temos alegria,
Não é fácil enxergar,
Quando não se quer ver,
Nem anoitecer,
Quando ainda é meio dia,
O amor é como a flor,
A vida são suas pétalas,
O espinho seu desafio,
E nessa vital comparação floril,
As pétalas também caem,
Mais fáceis que os espinhos.

Oraciano

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

A batalha final.


A batalha no castelo de Hrothgar


O salão do Hidromel estava preparado, todos estavam ansiosos, a inimiga era por demais poderosa e nenhum outro conseguira vencê-la até aquele dia.

- Beecholf. Como prefere lutar com essa, essa...diaba?
- Tragam-me a armadura mais resistente que tiverem.
- Mas...contra Grendel vossa bichesa lutou completamente nu, usando apenas os próprios punhos.
- Ah tá lindinho, você acha que eu vou me agarrar com essa racha é?
- E ainda mais nu. Nem sob tortura tá.
- Além do mais eu sou alérgico e minha pele iria ficar horrorosa...
- Se ainda fosse com o Predador ou o Exterminador do Futuro uuuiiiiiiiii!

Naquele instante um vassalo do rei entra aos gritos.

- Senhor, senhor...
- Minha nossa senhora das purpurinas rosa choque, quem é essa biba descontrolada hein?
- Criatura eu oooodddeeeeiiiioooo quem me chama de senhor, sou capaz até de colocar acetona nas unhas recém pintadas de quem fizer isso, aff.
- Desculpe nobre gayrreiro, é que a maléfica está se aproximando.
- Vixi já, não deu nem tempo de me arrumar. Apressadinha hein.
- Tragam minha luva de pelica costurada pelos monges cegos do pico torto uuuuiiiiiii.

Nesse momento Hrothgar entra no quarto.

- Beecholf como estou para a batalha?
- Coloquei o meu melhor modelito.
- A senhora arrasa de verde limão velha gazela.
- uuuuuiiiiiiiiii, você também está um arraso com essa armadura toda lantejoulada.
- Mas que mal lhe pergunte. Para que a luva de pelica?
- Eu vou dar na cara daquela baranga, dos dois lados. Ah se vou hum!

O salão estava lotado, cerca de 10 mil expectadores esperavam, quando um vento forte e muito frio anuncia a entrada da mãe de Grendel, uma figura feminina de uma beleza fora do comum: cabelos cor de mel, longos e lisos, corpo torneado, ombros largos, coxas grossas, seios fartos e...

- Viiiiiiixi, o que é isso hein narrador?
- O herói aqui sou meu lindo, deixe para arrasar na descrição quando eu entrar tá.

Hum hum. Todas as luzes se apagaram e um clarão surgia do outro lado do salão, algo tão forte e brilhante quanto o sol, eis que surge Beecholf com sua armadura lantejoulada deixando a todos boquiabertos, inclusive este que vos escreve.

- Ah tá! Agora sim coisinha.

A batalha tem seu inicio, golpes são deferidos de ambos os lados, os dois são muito poderosos e a igualdade no confronto já era esperada. Em dado momento Beecholf se distrai ao olhar um bofe na platéia e é imobilizado pela maléfica. Todos se assustam, Beecholf jogado no chão, completamente entregue e a mãe de Grendel pronta para deferir o golpe final que tiraria a vida de nosso herói quando o público começa a cantar em uníssono, dez mil pessoas cantando o mais alto possível a seguinte canção:

- Ô Beecholf where are you, nós vamos comer seu lanche...
- Ô Beecholf where are you, nós vamos comer seu lanche...

A reação foi instantânea, Beecholf livrou-se da imobilização e espancou a maléfica com sua luva de pelica para o delírio de todos.

- Ta vendo sua bruxa perpendicular, eu arraso com a sua cara e digo mais onde você botou esses peitos de silicone tinha do meu tamanho?

E assim Beecholf livrou o reino de Hrothgar de mais uma ameaça e mais uma de suas batalhas históricas será contada e cantada (por Caetano e Gil) pelos quatro cantos do mundo.

D. Fernando

sábado, 4 de setembro de 2010

Simplicidade e bom gosto a serviço do rock alagoano.


Violétricos

Algo das origens:

Formado em maio de 2010. A banda Violétricos conta em sua formação com Daniel Queiroz (violão 12 cordas e voz), Charles Leonardo (guitarra), Toni Torquato (baixo) e Dirceu Caetano (bateria). Caminhando na contramão da naturalidade para uma banda de rock, a banda antes de tudo, compôs suas músicas e registrou-as devidamente para só então vislumbrar o circuito de shows.

Algo do significado - (influências):

O significado é algo muito particular. Todos nós damos significados diferentes para uma mesma coisa. Dessa forma quando escutamos a música de um artista, podemos enxergar diferentes influências de acordo com a audição de cada um. Em se tratando da música dos Violéticos, o meu significado é o seguinte: de Rádio Táxi à Rolling Stones, passando por Barão Vermelho, Santana e Led Zeppelin, toda essa gama de influências unificadas com a personalidade da banda gera um Rock And Roll básico com toques de blues, pop e hard rock que fazem do som dos Violétricos uma experiência única e muito prazerosa.

Algo do todo:

São seis composições próprias inspiradas no que de melhor tem o Rock And Roll. No fim das contas temos uma junção de simplicidade e bom gosto que vale cada minuto de sua audição.

Vocês podem ouvir e até baixar algumas músicas da banda no site do palco Mp3. o link para a página da banda é esse aí embaixo.

D. Fernando

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Um gayrreiro a serviço de Vossa Majestade.



Episódio de hoje: O “rei” Hrothgar

Três dias de cavalgada contínua e os gayrreiros estavam exaustos.

- Aaafffff, não vejo a hora de chegar em Helmut para poder me banhar nas águas cristalinas de suas cachoeiras, sentir a força das águas nas minhas costas como se tivesse um bo...
- Beecholf veja!
- Aff, interrompeu meu pensamento glorioso, é bom que seja algo importante.
- Sim Beecholf, eu não interromperia seu glorioso pensamento por nada.
- Ainda bem que pensas assim né bofe.
- Acabamos de entrar nas terras do Rei Hrothgar.
- Hum, bem que eu senti um cheiro de via...digo de nobreza.

Cavalgam mais um pouco e...

- Senhor. Avistei a bandeira Rosa choque do rei Hrothgar.
- Como é isso hein gente? Esse bofe é novato é?
- Não avisaram a essa coisinha que eu ooddeeiioo ser chamado de senhor?
- Calma Beecholf ele é só mais um gayrreiro novato.
- Ele passou em todos os testes?
- Sim Beecholf.
- Atravessou nu o vale dos jumentos alados? Os campos purpurinados de Malavoc? Enfrentou a furiosa lança dos deuses superdotados?
- Sim Beecholf.
- Então tá, vou acreditar na senhora.

Finalmente chegam as terras de Hrothgar.

- Beecholf, quanta honra! Seus feitos são contados e cantados aos quatro ventos.
- Obrigado velha rain... quer dizer rei.
- Quer isso Beecholf não precisa se desculpar, todos em Helmut sabem que Hrothgar o seu rei faz parte do clã dos bambis saltitantes uhhh!
- Uhhh, arrasou majestade!
- Nobre rainha, me responda uma coisa. Porque todas os discipulos de vossa alteza estão assim um tanto acabados, enquanto vossa majestade tem uma pele que mais parece um pêssego?
- Essas bibas pelancudas só querem saber de tomar o hidromel e ficarem mmmooorrrrtttttaaaasss de bêbadas, enquanto eu prefiro me banhar naquele hidromel com um monte de bo...quer dizer conselheiros para tomarmos as melhores decisões para o reino.
- Ah tá, bicha velha.

A noite cai e todos os gayrreiros estão descansando. Beecholf e Hrothgar ainda conversam.

- Beecholf aquela bruxa oxigenada, a mãe de Grendel está aterrorizando meu salão do Hidromel.
- Ela aparece aqui a noite e lança um feitiço que o salão fica cheio de mulheres nuas, correndo atrás de mim e de meus discípulos, só porque eu sou alérgico. Aarrggghhh.
- Realmente isso é uma tortura velha gazela.
- Só de falar em mulher já fico todo empolado, mas a hora dela está chegando. Amanhã na festa do hidromel, arrasarei com a cara dela, quem ela pensa que é? A Angelina Jolie é?

D. Fernando

Continua...

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Um épico que não pode ser esquecido.



A lenda de Beecholf


De todos os heróis da mitologia nenhum teve sua história mais contada e cantada pelos quatro cantos do mundo como Beecholf o herói gay da tribo dos galtas. Como todos nós sabemos Beecholf é um épico da literatura inglesa, portanto o contaremos em partes. Episodio de hoje: As montanhas de Enceforth.

Por entre as montanhas frias de Enceforth, cavalgam nobres guayrreiros dispostos a enfrentar todos os males que pudessem advir daquele lugar sombrio.

- Senhor. Para onde estamos indo?
- Ai, ai, ai, ai, ai. Já disse para não me chamar de senhor, vassalo insolente.
- Mas sen... quer dizer.
- Cale-se, bofe maldito. Chame-me pelo nome, nome esse que estremece até o espírito do ser mais maligno que habita essas montanhas.

Nesse instante um outro guayrreiro se aproxima e fala:

- Senhor. Os homens estão cansados.
- Aff, eu acabei de dizer a esse outro transformista alienígena que não me chamasse de senhor e vem você e gritar aos quatro ventos senhor, senhor...que horror.
- Agora me irritaram, eu quero que todos, eu disse todos gritem bem alto o meu nome, ou melhor, eu quero uma saudação completa agora, now!

Naquele instante 500 guayrreiros fizeram à saudação em uníssono.

- Ave Beecholf, ave Beecholf
- Uuuuuuuiiiiiiiiiii, chega me arrepiei, olha!
- Numa hora dessas, eu queria mesmo é que meu nome fosse Adão. Já pensou 500 bofes gritando:
- Ave Adão, ave Adão, seria a glória!
- Bem, seguiremos rumo a Whaldemor e passaremos pelas torres de Gondor e ...
- Beecholf essas terras não fazem parte de uma outra história?
- Como é isso hein?
- Como ousas bofe medonho, queres discordar de mim é?
- Meu lindo eu sou Beecholf tá. Achei esses nomes chiquerrimos e vou colocá-los onde eu quiser tá. Eu digo aqui, no Senhor dos Anéis, no Harry Potter, no Gladiador ui que lindo, enfim quem é o herói aqui?
- Vamos para Whaldemor e Gondor sim, e quem não gostar pode voltar para sua antiga vidinha sem glamour, e purpurina e todos os outros acessórios brilhantes da vida de um verdadeiro guayrreiro galta.

A cavalgada continua.

- Beecholf uma águia vem vindo em alta velocidade em vossa direção. Quer que eu abata o animal
- Nãããoooo! Então você não sabe que pode ser uma águia mensageira? E além do mais eu sou membro do pinkpeace a versão gay do greenpeace.
- Oh pelos meus sais! Hrothgar o famoso rei do hidromel está tendo problemas com a mãe de Grendel. Hum eu odeio aquela baranga.
- O que ela te fez Beecholf?
- Aquela bruxa perpendicular me separou do Grendel, eu livrei o reino dos ataques de Grendel levando ele comigo para um cruzeiro no caribe grego e ela preferiu matar o próprio filho a deixá-lo comigo, vaca despeitada!
- Agora é minha chance de vingança.
- Vingança Beecholf, pensei que você só lutasse pela glória...
- Deus me livre, glória é nome de mulher meu filho e nem pelo nome eu luto aff.
- Eu luto pelos bofes desamparados, eu luto pois eu sou Beecholf o gayrreiro da tribo dos galtas ta.
- Vou torturar aquela bruaca.
- Primeiro vou fazer as unhas dela, vou arrancar cada bife...
- Depois eu corto o cabelo dela com uma tesoura bem cega e por fim borro toda a maquiagem daquela bruxa. Ah como eu sou vingativo!
- Sigam-me gayrreiros, vamos até Hrothgar.

Continua ...

 
D. Fernando

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Uma nova sonoridade, um velho sentimento.


Hard Rock - uma nova sonoridade, um velho sentimento.

Outro dia desses estava batendo um papo com o amigo Adilson sobre rock and roll, conversávamos sobre nossas bandas preferidas, sobre novas bandas e as mudanças que ocorrem no meio musical. Essas mudanças se tornaram o foco principal da conversa. Qual a razão de uma banda mudar seu direcionamento musical? Necessidade de adequação ao mercado, evolução musical ou uma necessidade natural do ser humano em buscar sempre algo novo?

De fato eu acho que não agüentaria ficar fazendo a mesma coisa anos e anos sem acrescentar nada de novo, uma nuance diferente aqui e ali. Na verdade não conheço ninguém que tenha conseguido esse feito, nenhum artista. Eu pensei em AC/DC e Motorhead, afinal eles estão na estrada há tanto tempo fazendo o mesmo som. Na essência pode até ser, mas se formos imparciais na análise, percebe-se que houve alguma mudança no som dessas bandas com o passar dos anos. Algumas mudanças que não foram perceptíveis, pois ocorreram aos poucos, gradativamente. Se compararmos os primeiros álbuns das bandas citadas com qualquer outro álbum deles em uma outra época, veremos algumas mudanças aqui e ali, é fato, basta ouvir com calma e imparcialidade.

No Hard Rock, gênero musical que eu mais gosto, as mudanças chegaram a assustar no inicio. Em 1991 quando o Skid Row soltou álbum Slave To The Grind e todo aquele peso para a época pairava um cheiro estranho no ar. O que será que está acontecendo? O Warrant vem com Dog Eat Dog em 1992 com peso e certa dose de modernidade em seu som. Em 1993 o Winger lança Pull, mostrando ao mundo a qualidade dos músicos da banda, o disco vinha calcado num som pesado e moderno. Ainda em 1993 um medalhão do Hard Rock adere à nova sonoridade, o Scorpions lança Face The Heat e assusta alguns fãs com uma sonoridade pesada e sinistra. 1994. Outra grande banda do Hard Rock lança o que seria o álbum divisor de águas nesse inicio de mudanças, Motley Crue o álbum homônimo trazia peso e modernidade nunca vistos no hard rock. Com um novo vocalista a banda foi além do que se esperava, vale ressaltar que em 1991 na coletânea Decade Of Decadence o Motley Crue dava os primeiros passos rumo a essa nova sonoridade com a canção Primal Scream ainda com Vince Neil nos vocais. Até o final da década de 90, bandas como Skid Row, Firehouse, Slaughter, Dokken aderiram a essa nova sonoridade solidificando uma tendência que começara no inicio da década.

Faltava a essa nova sonoridade um hit, uma música que colocasse o estilo em evidência novamente. O ano era 2000 e a Mtv solta no ar o clip de It’s My Life, o Bon Jovi, assim como aconteceu em meados dos anos 80 fora o responsável por levar o Hard à mídia de massa. It’s My Life trazia o peso das afinações mais baixas, a influência de musica pop, batidas eletrônicas misturadas ao Hard Rock competente de John e Cia, o álbum Crush vinha recheado desses ingredientes. O estilo é alçado a um novo patamar.

A década de 2000 solidificou essa nova sonoridade dentro do Hard Rock. Motley Crue, Bon Jovi, Scorpions, Europe, Jeff Scott Soto, Gotthard, moldaram seu som a nova realidade. Motley Crue e Scorpions recentemente gravaram discos voltando as suas raízes musicais, afinal de contas essas raízes nunca foram abandonadas, a elas foram acrescentadas novas nuances que só valorizaram o som dessas bandas e do próprio Hard Rock.

Na minha humilde opinião se a banda resolve adicionar novos elementos ao som ou voltar as suas origens, pouco importa, desde que sua música seja feita com o coração. Quando se segue à ordem natural das coisas, primeiro a música agrada ao compositor, depois vai ter quem goste e quem não goste, mas no fim das contas o que vale mesmo é o velho sentimento.

Albuns recomendados:

Dog Eat Dog - Warrant 1992
Pull - Winger 1993
Motley Crue - Motley Crue 1994
Subhuman Race - Skid Row 1995
Revolution - Slaughter 1997
Erase The Slate - Dokken 1999
Crush - Bon Jovi 2000
O2 - Firehouse 2002
Start From The Dark - Europe 2004
Humanity Hour - Scorpions 2007
Beautiful Mess - Jeff Scott Soto 2008
Need To Believe - Gotthard 2009
Non Stop Rock And Roll - Wig Wam 2010

Segue o vídeo da belíssima Misunderstood do Motley Crue 1994.


D. Fernando

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Um herói, um palhaço, um professor...


Um herói, um palhaço, um professor...


Vida de professor é complicada, mas também pode ser muito engraçada.

Entrei na sala por volta das 13:10 de uma terça-feira para dar aula aos meus pequenos terroristas do Ensino Fundamental I. Assim que adentro à sala de aula recebo aquele caloroso e ensurdecedor BOOOOAAAA TAAAAARRRDDDDEEEE TTTIIIIIOOOOOOO! Vocês não imaginam como isso é gratificante e aterrorizante ao mesmo tempo he he he. Sinto que fui jogado aos leões, meu Deus e agora o que eu faço? Tento seguir em frente sem mostrar o quanto aquela situação me deixa angustiado. Daí um corre e me abraça, e vem outro, e outro, e outro e daqui há pouco estou eu encostando na parede, pois não agüento tanta criança junta me abraçando e perco o equilíbrio, e é uma loucura, do nada um deles cai no chão, os outros só de pirraça caem junto e eu fico desesperado pedindo para que eles levantem e é aquela tortura, eu levanto um, o outro aproveita pula no meu pescoço, é um sufoco.

Com a situação já mais ou menos controlada, começo a aula sobre animais. Mostro algumas figuras e digo o nome dos animais em língua inglesa pedindo para eles repetirem comigo, ao mostrar a figura, eles automaticamente fazem a relação do nome ao animal e com isso o identificam mais facilmente. Faço uma brincadeira onde imito os sons dos animais e eles me dizem o nome daquele animal em Língua inglesa, é muito divertido e nessa hora eu percebo o quanto sou importante, o quanto o professor é o herói daquela garotada, o professor é o cara, o dono da situação naquele momento, é maravilhoso. Bem, como tudo tem dois lados. Há uma música do Bon Jovi que diz o seguinte: “Quando você acha que está de pé, na verdade você se encontra ajoelhado.” .

É incrível isso, quando eu estava no auge da minha glória, no êxtase da minha emoção vem o Felipe, um dos menores e um dos mais espertos também. Ele tira um óculos escuro da bolsa, coloca no rosto, se vira para mim e pergunta:

- E aí tio. Como eu estou?
- Poxa cara, tá demais viu, é o cara mais bonito do colégio.
- Tio. Posso contar um segredo para o senhor?
- Pode grande Felipe, diz aí.

Ele se aproxima com aquele óculos maior do que o rosto dele e fala baixinho:

- Tio eu sempre achei esse sapato do senhor parecido com o do Patatí!!!!

Olha eu sem graça na história.

- E é?
- É, mas nunca disse isso para ninguém não.
- Grande Felipe he he he (risada sem graça), esse é um segredo só nosso hein!!!
- Pode deixar tio.

De uma hora para outra eu passei de herói da turma (pelo menos eu achava) a palhaço Patatí. Seria trágico se não fosse cômico.

Sabe de uma coisa, tá tranqüilo. No fundo o palhaço é mesmo um herói para as crianças.



D. Fernando

sábado, 17 de julho de 2010

Procurando sonhos na escuridão.



A procura

Às vezes procuramos sonhos na escuridão
Olhando de nossas janelas
Só vemos as sombras que cruzam
O caminho de nossa alma

Insistimos em desenterrar
Pesadelos mortos que já
Não fazem nenhum sentido

Não sei viver com o coração partido
E com lágrimas nos olhos
Às vezes o coração
Quer algo que não se pode
Simplesmente tocar com as mãos


D. Fernando

Fatos verídicos????


Eu te amo meu irmão


Quando eu era adolescente comecei com essa mania de criar historinhas a toda hora. Bastava acontecer alguma coisa e lá estava eu inventando uma história. Tinha dois companheiros inseparáveis nessas aventuras engraçadas: Dé e Nano. Dois irmãos que me acompanhavam nesse mundo que misturava fantasia e realidade. Vou contar para vocês um desses acontecimentos.

Por volta e 1986, Bié o cara, o marginal, o perigoso de Santa Luzia do Norte fora assassinado a tiros.

Eu, Dé e Nano resolvemos ir ao velório da figura. Era uma casinha pequena (essa foi massa hein). Estava lotada. A família do cara era grande e havia alguns curiosos. Nós estávamos lá apenas para passar o tempo mesmo e, quem sabe não acontecia algo de interessante no velório do cara mais perigoso da cidade.

Lembro que o Dé disse:

- É. Balearam o infeliz mesmo.

Pode parecer doentio, mas nos entreolhamos e, um sorriso assim meio que de canto de boca surgiu no ar.

O velório seguia e o clima variava de um silêncio profundo a alguns cochichos e nada acontecia. Não entendia porque tanta demora em enterrar o cara. De repente o Nano chega pra mim e diz:

- Estão esperando uma irmã dele que vai chegar, estão dizendo que é uma mulher rica e muito educada, discreta e outras coisas lá.

- Ah tá.

Pobre é triste, até numa hora dessas fica se gabando de um parente rico que nunca dar valor a ele.

- Vamos dar uma última olhada nessa coisa e vamos embora. Eu disse.

Ficamos mais um pouco na janela da casa, tínhamos uma visão privilegiada da sala, do caixão que estava com a tampa aberta e de alguns familiares. De repente no meio daquele silencio surge um assovio. Não nos contivemos, era engraçado demais:

- Cara quem é que tá assoviando nega do cabelo duro num velório hein bicho? rs rs rs
- Sei lá veio! rs rs rs

Uma irmã do defunto sai fazendo o maior escândalo.

- Quem peste ta fazendo uma desfeita dessas?
- Bié meu irmão perdoe essa infeliz.

Claro, não podíamos perde a chance de fazer uma piada, mesmo que entre a gente.

- Quem o Bié? É mais fácil ele sair do caixão e dançar rs rs rs
- Já viu uma alma sebosa dessas poder perdoar ninguém rs rs rs
- E agora virou santo foi? rs rs rs

Foi um momento constrangedor para todos, menos pra gente que tava morrendo de rir com a situação.

A coisa toda volta ao normal, pelo menos para um velório. De repente uma irmã toda descabelada entra na sala e diz:

- Minha gente ajeita ele que a Neuza chegou.

Neuza, a irmã rica e podre de chique. Estava sempre nas colunas sociais da época, pessoa fina, dessas que só mostram emoção pelos cantos dos olhos, muito discreta. Pelo menos era do que se gabava à família.

Quando Neuza adentrou pela porta da sala, todos pararam para olhá-la, inclusive nós. E a surpresa foi geral. Neuza num arroubo descontrolado de emoção gritou:

- Biiééé meu irmão o que fizeram com você, meu querido?
- Você não merecia isso, uma pessoa boa, uma alma pura.

A Neuza pelo visto não conhecia a peça.

- Ô meu Deus que desgraça, Biiiiéééé
- Me leve com você, me leve com você meu irmão.
- Uma pessoa tão boa, eu te amo Biiiiééé

Nisso a Neuza correu pra cima do caixão e agarrou com tanta força que a base de sustentação não agüentou e rompeu. A Neuza desesperada se agarrou no caixão para não deixá-lo cair, esforço esse que foi em vão. O caixão virou por cima dela. O defunto e o caixão ficaram por cima da Neuza que esperneava e gritava:

- Bié meu irmão eu tava brincando quando pedi pra você me levar
- Tirem esse peste de cima de mim
- Sai daqui defunto catinguento
- Soooocccoooorrrrroooooo!!!!!!!



D. Fernando

Só você e a estrada...


Sem nada

Caminhar sozinho às vezes é bom
Sem destino, sem caminhos a seguir
Sem amigos, sem parada

Só um sorriso no rosto
Pés descalços na velha estrada
sendo um só, sem nada

D. Fernando

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Compartilhando textos e poesias

Ouvir Bob Dylan me traz muita paz, tranquilidade, parece que não existe nada lá fora e, por alguns momentos não existe mesmo. A musica de Dylan aguça os meus sentidos, me deixa em estado de ebulição extraindo de mim os melhores sentimentos. É maravilhoso!

Aos poucos fui pesquisando as letras das canções de Dylan. E descobri que o prazer de ouvir Bob Dylan só é comparado ao prazer de ler Bob Dylan.


Por isso, trago para vocês a magnifica poesia de Mr. Dylan.


Sinos da liberdade

Bem depois do por do sol, antes do badalar pungente da meia noite
Nos atiramos pelo umbral da porta em meio a trovões que desabavam
Enquanto os sinos majestosos dos raios lançavam sombras nos sons
Como se fossem os sinos da liberdade cintilando
Cintilando pelos guerreiros cuja força está em não lutar
Cintilando pelos refugiados em seu caminho indefeso de fuga
E para cada soldado oprimido naquela noite
Olhamos, maravilhados, o cintilar dos sinos da liberdade.

Na fornalha derretida da cidade, olhamos inesperadamente
Rostos ocultos, as paredes como que querendo nos esmagar,
Enquanto o eco dos carrilhões confrontado com a chuva que assoviava
Dissolvia-se no som dos sinos dos relâmpagos
Os sinos dobravam para os rebeldes, dobravam para os torturados
Para os infelizes, abandonados e desamparados
Dobravam para os párias, sempre queimados na fogueira.
E olhamos, maravilhados, o cintilar dos sinos da liberdade.

Pelo martelar místico e louco da tempestade selvagem
O céu chicoteava seus poemas em maravilha pura
Que o som dos carrilhões das igrejas sumia longe na brisa
Deixando apenas os sinos dos trovões e relâmpagos
Os sinos dobravam para os gentis, dobravam para os bondosos
Para os guardiões e protetores das mentes
E para o pintor independente que sobrevive além de seu tempo
E olhamos, maravilhados, o cintilar dos sinos da liberdade.

Por toda a noite, qual igreja selvagem, a chuva descortinava histórias
Para os seres deslocados, sem rosto e sem agasalho
Os sinos dobravam para as bocas sem lugar para serem ouvidas,
Sempre inferiorizadas com essa situação assumida
Os sinos dobravam para os surdos e cegos, dobravam para os mudos,
Dobravam para os mal tratados, mães solitárias e prostitutas
Para os proscritos, caçados e derrotados pela captura.
E olhamos, maravilhados, o cintilar dos sinos da liberdade.

Apesar de uma cortina branca de nuvens brilhar ao longe
E do nevoeiro hipnótico ir subindo lentamente,
As luzes dos raios eram como flechas, disparadas para todos, menos para aqueles
Condenados a vagar ou então, até disso, impedidos.
Os sinos dobravam para os que procuram algo, em sua trilha silenciosa
Para os amantes de coração solitário com suas histórias muito pessoais
E para cada alma gentil e inofensiva, deslocada em uma cela.
E olhamos, maravilhados, o cintilar dos sinos da liberdade.

Olhos brilhando e sorrindo, lembro de como ficamos parados
Sem sentir o passar do tempo, que para nós ficou congelado
Ao escutarmos ainda uma vez mais, ao darmos uma última olhada
Tomados pela emoção, nó na garganta, até o fim do soar dos sinos
Que dobravam para os feridos sem quem cuide de suas chagas
Para os incontáveis acusados,
E para cada pessoa impedida em todo este vasto mundo
E olhamos, maravilhados, o cintilar dos sinos da liberdade.

 
Bob Dylan

sexta-feira, 2 de julho de 2010

O último dos Guitar Heroes.

Grandes guitarristas nós temos muitos, heróis da guitarra só alguns. Hendrix, Clapton, Santana, Eddie Van Halen, esses são alguns exemplos de grandes heróis da guitarra.

Com o advento das novas tecnologias e de um quadro econômico equilibrado mundialmente, os jovens tiveram acesso à música, de uma maneira geral com uma facilidade nunca vista antes. Muitos comprando seus instrumentos e fazendo sua música, outros consumindo essa música, uma outra parte trabalhando na divulgação através dos novos veículos de comunicação, enfim, a música está em toda parte.

Novos astros surgem todos os dias, guitarristas e suas técnicas mirabolantes, cada um tocando mais rápido; mais preciso; mais qualquer coisa do que o outro, é incrível. Daí eu me pergunto. Quantos deles tem identidade musical? Quantos desses novos ases da guitarra você identifica quando escuta um riff de seu instrumento? Quantos deles ultrapassaram os limites de seu estilo musical? Eu falo de unidade, expressividade e mais, eu falo de status mesmo. Quem foi o cara que empunhando uma guitarra nas últimas duas décadas conseguiu criar em torno de sua imagem uma áurea mágica, conseguiu soar tão único em seu estilo de tocar e ainda conseguiu ser uma unanimidade dentro e fora do ciclo Rock N’ Roll, tendo sido convidado para engrandecer o trabalho de vários artistas dos mais variados estilos musicais ao redor do mundo?

Sem medo de ser crucificado pelos “entendidos” no assunto, eu respondo as perguntas que fiz acima. Depois de Saul Hudson, conhecido mundialmente como Slash, não houve mais nenhum outro guitarrista que pudesse ostentar o título de herói da guitarra. Tecnicamente existem muitos guitarristas melhores do que o Slash, mas alcançar o status que esse cara alcançou como guitarrista é coisa para um grupo seleto meus amigos, esses eu chamo de verdadeiros heróis da guitarra. Acho que foi o Zakk Wilde quem disse e eu faço minhas as palavras dele ou de quem quer que tenha dito. O Slash é o último dos guitar heroes.


D. Fernando

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Ariano Suassuna - Biografias

Biografias vai abrir espaço para que possamos conhecer um pouco da história de alguns rockeiros, poetas e loucos que fazem parte desse mundão de meu Deus. Começo por Ariano Suassuna, um dos maiores representantes da nossa literatura em todos os tempos.




Ariano Suassuna

Ariano Vilar Suassuna nasceu, na Cidade da Paraiba (atual João Pessoa) no dia 16 de junho de 1927. Dramaturgo, romancista e poeta brasileiro. É o autor dos celebres Auto da Compadecida e A Pedra do Reino.

Filho de Rita de Cássia Vilar e João Urbano Pessoa de Vasconcellos Suassuna (1886-1930). Ariano viveu os primeiros anos de sua vida no Sítio Acauã, no sertão do estado da Paraíba.

Devido ao assassintao de seu pai no Rio de Janeiro durante a Revolução de 1930, sua mãe levou toda a família para morar na cidade de Taperoá, no Cariri paraibano

Entre 1933 e 1937, fez seus primeiros estudos na cidade de Taperoá. Foi lá que Ariano fascinou-se ao assistir pela primeira vez a uma peça de mamulengos e a um desafio de viola. O carater de improvisação tão forte nos desafuios de viola, tornaria-se fundamental na obra de Suassuna.

Em 1942, ainda criança, Ariano Suassuna muda-se para cidade de Recife, no vizinho estado de Pernambuco, onde passou a residir definitivamente. Estudou em Recife desde o antigo ensino ginasial até o ensino superior, formando-se em Direito (1950), na célebre Faculdade de Direito do Recife, e em Filosofia (1964.)

No dia 7 de outubro de 1945, Ariano teve seu poema "Noturno" publicado em destaque no Jornal do Comercio do Recife.

Ainda na Faculdade de Direito do Recife, conheceu Hermilo Borba Filho, com quem fundou o Teatro do Estudante de Pernambuco. Sua primeira peça, Uma mulher vestida de Sol, foi escrita em 1947. Escreveu outras péças e dentre elas O Auto de João da Cruz, 1950, que recebera o premio Martins Pena.

O reconhecimento veio em 1955, Auto da Compadecida o projetou em todo o país. Aclamada por todos, a obra já foi montada por grupos de todo o país, além de ter sido adaptada para o cinema e a televisão.

Ariano foi o idealizador do Movimento Armorial, que tem como objetivo criar uma arte erudita a partir de elementos da cultura popular do Nordeste Brasileiro.

Desde 1990, ocupa a cadeira 32 da Academia Brasileira de Letras, cujo patrono é Manuel José de Araújo Porto Alegre, o barão de Santo Ângelo.

Em 1993, foi eleito para a cadeira 18 da Academia Pernambucana de Letras, cujo patrono é o escritor Afonso Olindense.

Assumiu a cadeira 35 na Academia Paraibana de Letras em 9 de outubro de 2000, cujo patrono é Raul Campelo Machado, sendo recepcionado pelo acadêmico Joacil de Brito Pereira.

Em 2002, Ariano Suassuna foi tema de enredo do Império Serrano, no carnaval carioca; em 2008, foi novamente tema de enredo, desta vez da escola de samba Mancha Verde no carnaval paulista.

Já tebe suas obras traduzidas para o inglês, francês, espanhol, alemão, holandês, italiano e polonês.

Obras selecionadas

Uma mulher vestida de Sol, (1947); Cantam as harpas de Sião ou O desertor de Princesa, (1948); Os homens de barro, (1949); Auto de João da Cruz, (1950); Torturas de um coração, (1951); O arco desolado, (1952); O castigo da soberba, (1953); O Rico Avarento, (1954) Auto da Compadecida, (1955); O casamento suspeitoso, (1957); O santo e a porca, (1957); O homem da vaca e o poder da fortuna, (1958); A pena e a lei, (1959); Farsa da boa preguiça, (1960); A Caseira e a Catarina, (1962); As conchambranças de Quaderna, (1987); Fernando e Isaura, (1956)"inédito ate 1994";

Romance

A História de amor de Fernando e Isaura, (1956); O Romance d'A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta, (1971); História d'O Rei Degolado nas caatingas do sertão/Ao sol da Onça Caetana, (1976).

Poesia

O pasto incendiado, (1945-1970); Ode, (1955); Sonetos com mote alheio, (1980); Sonetos de Albano Cervonegro, (1985); Poemas (antologia), (1999)



D. Fernando

* texto adaptado a partir do site: http://pt.wikipedia.org/

Compartilhando textos e poesias.

Bicho maluco beleza, Alceu Valença nos faz viajar com sua música e sua poesia por um mundo de retalhos coloridos que cosidos exaltam a cultura nordestina.


Espelho Cristalino


Essa rua sem céu, sem horizontes
Foi um rio de águas cristalinas
Serra verde molhada de neblina
Olho d'água sangrava numa fonte
Meu anel cravejado de brilhantes
São os olhos do capitão Corisco
É a luz que incendeia meu ofício
Nessa selva de aço e de antenas
Beija-flor estou chorando suas penas
Derretidas na insensatez do asfalto

Mas Eu tenho um espelho cristalino
Que uma baiana me mandou de Maceió
Ele tem uma luz que me alumia
Ao meio-dia clareia a luz do sol...

Que me dá o veneno e a coragem
Pra girar nesse imenso carrossel
Flutuar e ser gás paralisante
E saber que a cidade é de papel
Ter a luz do passado e do presente
Viajar pelas veredas do céu
Pra colher três estrelas cintilantes
E pregar nas abas do meu chapéu
Vou clarear o negror do horizonte
É tão brilhante a pedra do meu anel


Alceu Valença

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Uma águia voando livre...


O vôo da águia


Mergulha de olhos abertos.
Sente o vento no rosto.
Abre as asas, corpo ereto,
Dorso exposto, no ar.

Voa livre
Voa alma
Voa longe
Voa águia


No dia 18 de junho do corrente, a literatura perdeu um dos seus maiores representantes nos últimos tempos. Morreu José Saramago, jornalista, homem das letras, que conseguiu atrelar a uma estrela, o veiculo que o conduzia aqui na terra e saiu por aí voando com suas palavras. Hoje Saramago voa livre com suas próprias asas.


D. Fernando

...and was born Vinicius.


...e nasceu Vinicius.

Quarta-feira à noite. Fui até a Universidade Federal de Alagoas com a intenção de fazer uma prova de reavaliação de Língua Inglesa. Estávamos na sala de aula eu, Ricardo, Josimar, Williams e a professora Simone. A ansiedade era grande, e nada da Andréa aparecer, a professora sugeriu que esperássemos um pouco para ver se a Andréa chegava, o que acabou não acontecendo. Ao termino da prova, ficamos sabendo através de um telefonema dado pelo William que nossa amiga Andréa tinha dado a luz justamente no dia da prova de reavaliação. Ficamos todos muito felizes e eu fiquei imaginando: E se a Andréa tivesse na Ufal para fazer a prova e entrasse em trabalho de parto justo naquela hora como será que teria sido?

- C’mon class, lets go to the test.
- Eita Juca a professora Simone num dá trégua não né bicho, só fala em Inglês.
- O pior Darlan é que eu num entendo é nada.
- He he he eu também.

- Eita gente, me ajuda aqui, acho que a bolsa estourou!
- Darlan a bolsa estourou, vamos ajudar.
- Ah tá Ricardo, ninguém aqui tem investimento na bolsa não meu filho.
- Ele ta falando da bolsa do meu bebêêêêêê
- Eita e já nasce com bolsa é?

O Williams começa gritar:

- Tragam água morna, água morna logo!
- Aqui no João de Deus? Ta tuim hein. Só se for água da chuva, e mesmo assim fria.
- Darlan o caso é sério...
- Eu sei Juca, eu tô nervoso.

A professora Simone se concentrava como só os orientais sabem fazer e dizia umas orações nos idiomas que a mesma domina: Inglês, Italiano, Francês e do nada, ela fala algo em japonês que me deixou ainda mais nervoso.

Acabei entrando no clima dela e comecei a misturar os idiomas, não com a mesma competência né.

- Eita Ricardo pede para a professora speak em português que eu num to undestand é nothing.

Ricardo como sempre mantendo sua classe britânica...

- Shut up Darlan e siga os procedimentos.
- Procedimentos de que?
- Isso aqui é o curso de letras não o de medicina.

- Minha gente ta doendo muuiiiitttoooooo.
- Eu estou indo Andréa
- Obrigado Juca!
- Não eu estou saindo daqui, eu não posso ver sangue senão eu desmaio.

Enquanto eu e Juca ficávamos cada vez mais desesperados, Williams continuava a gritar:

- Água morna, tragam água morna!
- Hey Williams, você só fica aí gritando isso...
- É que eu vi isso num filme, deve servir pra alguma coisa né?
- E eu sei lá, nunca vi um filme desses, e você Juca?
- Nem eu, na laje num tem cinema.
- Eu vejo muito o desenho do Pica-pau.
- Eu num gosto muito não.
- Hey vocês três parem de discutir sobre essas baboseiras e ajudem aqui.

Nesse momento Ricardo e a professora Simone já estavam prontos para fazer o parto. A professora Simone utilizando de sua sabedoria oriental em segundos retirou o menino e nós ouvimos o choro do garoto. Ficamos aliviados, menos o Juca que desmaiou.

- Qual o nome do bebê Andréa
- Vinicius professora
- De Morais?

Todos em coro.

- Shut up Darlan!
- Eita!

Ainda bem que foi só a minha imaginação e a Andréa teve o Vinicius no lugar certo sem precisar de tanta correria e alvoroço. Meus parabéns Andréa e desejo aos dois, muitas felicidades.


D. Fernando