Biografias vai abrir espaço para que possamos conhecer um pouco da história de alguns rockeiros, poetas e loucos que fazem parte desse mundão de meu Deus. Começo por Ariano Suassuna, um dos maiores representantes da nossa literatura em todos os tempos.
Ariano Suassuna
Ariano Vilar Suassuna nasceu, na Cidade da Paraiba (atual João Pessoa) no dia 16 de junho de 1927. Dramaturgo, romancista e poeta brasileiro. É o autor dos celebres Auto da Compadecida e A Pedra do Reino.
Filho de Rita de Cássia Vilar e João Urbano Pessoa de Vasconcellos Suassuna (1886-1930). Ariano viveu os primeiros anos de sua vida no Sítio Acauã, no sertão do estado da Paraíba.
Devido ao assassintao de seu pai no Rio de Janeiro durante a Revolução de 1930, sua mãe levou toda a família para morar na cidade de Taperoá, no Cariri paraibano
Entre 1933 e 1937, fez seus primeiros estudos na cidade de Taperoá. Foi lá que Ariano fascinou-se ao assistir pela primeira vez a uma peça de mamulengos e a um desafio de viola. O carater de improvisação tão forte nos desafuios de viola, tornaria-se fundamental na obra de Suassuna.
Em 1942, ainda criança, Ariano Suassuna muda-se para cidade de Recife, no vizinho estado de Pernambuco, onde passou a residir definitivamente. Estudou em Recife desde o antigo ensino ginasial até o ensino superior, formando-se em Direito (1950), na célebre Faculdade de Direito do Recife, e em Filosofia (1964.)
No dia 7 de outubro de 1945, Ariano teve seu poema "Noturno" publicado em destaque no Jornal do Comercio do Recife.
Ainda na Faculdade de Direito do Recife, conheceu Hermilo Borba Filho, com quem fundou o Teatro do Estudante de Pernambuco. Sua primeira peça, Uma mulher vestida de Sol, foi escrita em 1947. Escreveu outras péças e dentre elas O Auto de João da Cruz, 1950, que recebera o premio Martins Pena.
O reconhecimento veio em 1955, Auto da Compadecida o projetou em todo o país. Aclamada por todos, a obra já foi montada por grupos de todo o país, além de ter sido adaptada para o cinema e a televisão.
Ariano foi o idealizador do Movimento Armorial, que tem como objetivo criar uma arte erudita a partir de elementos da cultura popular do Nordeste Brasileiro.
Desde 1990, ocupa a cadeira 32 da Academia Brasileira de Letras, cujo patrono é Manuel José de Araújo Porto Alegre, o barão de Santo Ângelo.
Em 1993, foi eleito para a cadeira 18 da Academia Pernambucana de Letras, cujo patrono é o escritor Afonso Olindense.
Assumiu a cadeira 35 na Academia Paraibana de Letras em 9 de outubro de 2000, cujo patrono é Raul Campelo Machado, sendo recepcionado pelo acadêmico Joacil de Brito Pereira.
Em 2002, Ariano Suassuna foi tema de enredo do Império Serrano, no carnaval carioca; em 2008, foi novamente tema de enredo, desta vez da escola de samba Mancha Verde no carnaval paulista.
Já tebe suas obras traduzidas para o inglês, francês, espanhol, alemão, holandês, italiano e polonês.
Obras selecionadas
Uma mulher vestida de Sol, (1947); Cantam as harpas de Sião ou O desertor de Princesa, (1948); Os homens de barro, (1949); Auto de João da Cruz, (1950); Torturas de um coração, (1951); O arco desolado, (1952); O castigo da soberba, (1953); O Rico Avarento, (1954) Auto da Compadecida, (1955); O casamento suspeitoso, (1957); O santo e a porca, (1957); O homem da vaca e o poder da fortuna, (1958); A pena e a lei, (1959); Farsa da boa preguiça, (1960); A Caseira e a Catarina, (1962); As conchambranças de Quaderna, (1987); Fernando e Isaura, (1956)"inédito ate 1994";
Romance
A História de amor de Fernando e Isaura, (1956); O Romance d'A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta, (1971); História d'O Rei Degolado nas caatingas do sertão/Ao sol da Onça Caetana, (1976).
Poesia
O pasto incendiado, (1945-1970); Ode, (1955); Sonetos com mote alheio, (1980); Sonetos de Albano Cervonegro, (1985); Poemas (antologia), (1999)
D. Fernando
* texto adaptado a partir do site: http://pt.wikipedia.org/
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