sábado, 9 de abril de 2011

O discurso


Num dia frio como esse, onde a chuva não para um minuto sequer e a eletrobrás deixa a mostra toda a sua (in) competência. Tenho eu que recorrer ao velho costume de viciados e depravados pela escrita que não pode se valer de seu instrumento habitual, e apelei assim como o Marquês de Sade a formas não convencionais para realizar o meu desejo de escrever. Não desisti, com muito sacrifício peguei minha Bic (patrocinadora oficial deste momento) e escrevi torto nessas linhas certas o que viria a ser o meu discurso em homenagem a nossa amiga e aniversariante do mês, a Andréa. Vale ressaltar que esse discurso faz parte dos ensaios que estou fazendo para o discurso chave que abrirá as portas (sacou? Chave, portas he he he,! É foi horrível!) para nossa vida profissional como professores num futuro próximo.  O dito acontecerá na nossa festa de formatura, pois eu com a minha cara de pau me elegi o orador oficial da turma e se alguém tentar me depor dessa função, não tem importância, no dia eu contrato um carro de som e faço um discurso pirata, mas que desde já afirmo, vai entrar para os ‘anais’ (ops!) e até mesmo, por que não dizer, para os ‘orais’ (eita!) da Universidade Federal de Alagoas.    

Parafraseando Odorico Paraguaçu, um dos maiores oradores desse país, eu digo “que é com a alma lavada e enxaguada no sabão em pó da minha emoção”, que venho hoje proferir esses modestos fonemas em homenagem a nossa portentosa e eloqüente colega poliglota Andréa. Uma mulher que pode se orgulhar de dizer que hoje é mantenedora de uma vida através de seus seios e uma matadora de mosquito por excelência.

Do fundo de meu coração apaziguado pela alegria de poder escrever esta singela homenagem. Rogo a Andréa que seu filho Vinicius seja tão fiel a ela como eu fui a minha mãe, e se recuse a beber leite de qualquer ser que muja, berre, ou que emita qualquer outro som que não sejam fonemas articulados em língua inglesa, ou no mínimo em língua materna.

Peço ainda aos deuses que Vinicius tenha disposição para mamar ate os 15 anos e que nesse período a cirurgia plástica de implante mamário tenha evoluído o suficiente para salvar a nossa amiga Andréa.

Acabo aqui essa singela homenagem a Andréa pedindo-lhe mil desculpas por não ter comparecido na comilança bolífera que ocorreu na ultima sexta-feira, mas afirmo e reafirmo com um ardor no peito (não sei se era azia) que estava lá espiritualmente, pois como todos sabem, sou um homem altamente espiritualizado.

D. Fernando