sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Um épico que não pode ser esquecido.



A lenda de Beecholf


De todos os heróis da mitologia nenhum teve sua história mais contada e cantada pelos quatro cantos do mundo como Beecholf o herói gay da tribo dos galtas. Como todos nós sabemos Beecholf é um épico da literatura inglesa, portanto o contaremos em partes. Episodio de hoje: As montanhas de Enceforth.

Por entre as montanhas frias de Enceforth, cavalgam nobres guayrreiros dispostos a enfrentar todos os males que pudessem advir daquele lugar sombrio.

- Senhor. Para onde estamos indo?
- Ai, ai, ai, ai, ai. Já disse para não me chamar de senhor, vassalo insolente.
- Mas sen... quer dizer.
- Cale-se, bofe maldito. Chame-me pelo nome, nome esse que estremece até o espírito do ser mais maligno que habita essas montanhas.

Nesse instante um outro guayrreiro se aproxima e fala:

- Senhor. Os homens estão cansados.
- Aff, eu acabei de dizer a esse outro transformista alienígena que não me chamasse de senhor e vem você e gritar aos quatro ventos senhor, senhor...que horror.
- Agora me irritaram, eu quero que todos, eu disse todos gritem bem alto o meu nome, ou melhor, eu quero uma saudação completa agora, now!

Naquele instante 500 guayrreiros fizeram à saudação em uníssono.

- Ave Beecholf, ave Beecholf
- Uuuuuuuiiiiiiiiiii, chega me arrepiei, olha!
- Numa hora dessas, eu queria mesmo é que meu nome fosse Adão. Já pensou 500 bofes gritando:
- Ave Adão, ave Adão, seria a glória!
- Bem, seguiremos rumo a Whaldemor e passaremos pelas torres de Gondor e ...
- Beecholf essas terras não fazem parte de uma outra história?
- Como é isso hein?
- Como ousas bofe medonho, queres discordar de mim é?
- Meu lindo eu sou Beecholf tá. Achei esses nomes chiquerrimos e vou colocá-los onde eu quiser tá. Eu digo aqui, no Senhor dos Anéis, no Harry Potter, no Gladiador ui que lindo, enfim quem é o herói aqui?
- Vamos para Whaldemor e Gondor sim, e quem não gostar pode voltar para sua antiga vidinha sem glamour, e purpurina e todos os outros acessórios brilhantes da vida de um verdadeiro guayrreiro galta.

A cavalgada continua.

- Beecholf uma águia vem vindo em alta velocidade em vossa direção. Quer que eu abata o animal
- Nãããoooo! Então você não sabe que pode ser uma águia mensageira? E além do mais eu sou membro do pinkpeace a versão gay do greenpeace.
- Oh pelos meus sais! Hrothgar o famoso rei do hidromel está tendo problemas com a mãe de Grendel. Hum eu odeio aquela baranga.
- O que ela te fez Beecholf?
- Aquela bruxa perpendicular me separou do Grendel, eu livrei o reino dos ataques de Grendel levando ele comigo para um cruzeiro no caribe grego e ela preferiu matar o próprio filho a deixá-lo comigo, vaca despeitada!
- Agora é minha chance de vingança.
- Vingança Beecholf, pensei que você só lutasse pela glória...
- Deus me livre, glória é nome de mulher meu filho e nem pelo nome eu luto aff.
- Eu luto pelos bofes desamparados, eu luto pois eu sou Beecholf o gayrreiro da tribo dos galtas ta.
- Vou torturar aquela bruaca.
- Primeiro vou fazer as unhas dela, vou arrancar cada bife...
- Depois eu corto o cabelo dela com uma tesoura bem cega e por fim borro toda a maquiagem daquela bruxa. Ah como eu sou vingativo!
- Sigam-me gayrreiros, vamos até Hrothgar.

Continua ...

 
D. Fernando

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Uma nova sonoridade, um velho sentimento.


Hard Rock - uma nova sonoridade, um velho sentimento.

Outro dia desses estava batendo um papo com o amigo Adilson sobre rock and roll, conversávamos sobre nossas bandas preferidas, sobre novas bandas e as mudanças que ocorrem no meio musical. Essas mudanças se tornaram o foco principal da conversa. Qual a razão de uma banda mudar seu direcionamento musical? Necessidade de adequação ao mercado, evolução musical ou uma necessidade natural do ser humano em buscar sempre algo novo?

De fato eu acho que não agüentaria ficar fazendo a mesma coisa anos e anos sem acrescentar nada de novo, uma nuance diferente aqui e ali. Na verdade não conheço ninguém que tenha conseguido esse feito, nenhum artista. Eu pensei em AC/DC e Motorhead, afinal eles estão na estrada há tanto tempo fazendo o mesmo som. Na essência pode até ser, mas se formos imparciais na análise, percebe-se que houve alguma mudança no som dessas bandas com o passar dos anos. Algumas mudanças que não foram perceptíveis, pois ocorreram aos poucos, gradativamente. Se compararmos os primeiros álbuns das bandas citadas com qualquer outro álbum deles em uma outra época, veremos algumas mudanças aqui e ali, é fato, basta ouvir com calma e imparcialidade.

No Hard Rock, gênero musical que eu mais gosto, as mudanças chegaram a assustar no inicio. Em 1991 quando o Skid Row soltou álbum Slave To The Grind e todo aquele peso para a época pairava um cheiro estranho no ar. O que será que está acontecendo? O Warrant vem com Dog Eat Dog em 1992 com peso e certa dose de modernidade em seu som. Em 1993 o Winger lança Pull, mostrando ao mundo a qualidade dos músicos da banda, o disco vinha calcado num som pesado e moderno. Ainda em 1993 um medalhão do Hard Rock adere à nova sonoridade, o Scorpions lança Face The Heat e assusta alguns fãs com uma sonoridade pesada e sinistra. 1994. Outra grande banda do Hard Rock lança o que seria o álbum divisor de águas nesse inicio de mudanças, Motley Crue o álbum homônimo trazia peso e modernidade nunca vistos no hard rock. Com um novo vocalista a banda foi além do que se esperava, vale ressaltar que em 1991 na coletânea Decade Of Decadence o Motley Crue dava os primeiros passos rumo a essa nova sonoridade com a canção Primal Scream ainda com Vince Neil nos vocais. Até o final da década de 90, bandas como Skid Row, Firehouse, Slaughter, Dokken aderiram a essa nova sonoridade solidificando uma tendência que começara no inicio da década.

Faltava a essa nova sonoridade um hit, uma música que colocasse o estilo em evidência novamente. O ano era 2000 e a Mtv solta no ar o clip de It’s My Life, o Bon Jovi, assim como aconteceu em meados dos anos 80 fora o responsável por levar o Hard à mídia de massa. It’s My Life trazia o peso das afinações mais baixas, a influência de musica pop, batidas eletrônicas misturadas ao Hard Rock competente de John e Cia, o álbum Crush vinha recheado desses ingredientes. O estilo é alçado a um novo patamar.

A década de 2000 solidificou essa nova sonoridade dentro do Hard Rock. Motley Crue, Bon Jovi, Scorpions, Europe, Jeff Scott Soto, Gotthard, moldaram seu som a nova realidade. Motley Crue e Scorpions recentemente gravaram discos voltando as suas raízes musicais, afinal de contas essas raízes nunca foram abandonadas, a elas foram acrescentadas novas nuances que só valorizaram o som dessas bandas e do próprio Hard Rock.

Na minha humilde opinião se a banda resolve adicionar novos elementos ao som ou voltar as suas origens, pouco importa, desde que sua música seja feita com o coração. Quando se segue à ordem natural das coisas, primeiro a música agrada ao compositor, depois vai ter quem goste e quem não goste, mas no fim das contas o que vale mesmo é o velho sentimento.

Albuns recomendados:

Dog Eat Dog - Warrant 1992
Pull - Winger 1993
Motley Crue - Motley Crue 1994
Subhuman Race - Skid Row 1995
Revolution - Slaughter 1997
Erase The Slate - Dokken 1999
Crush - Bon Jovi 2000
O2 - Firehouse 2002
Start From The Dark - Europe 2004
Humanity Hour - Scorpions 2007
Beautiful Mess - Jeff Scott Soto 2008
Need To Believe - Gotthard 2009
Non Stop Rock And Roll - Wig Wam 2010

Segue o vídeo da belíssima Misunderstood do Motley Crue 1994.


D. Fernando