O carro bomba
Dia 10 de agosto de 2009, ao sair de uma aula de lingüística aplicada me apressei para pegar uma carona com o Hugo até a Bomba do Gonzaga. Coisas estranhas antecederam a carona: havia um copo descartável no banco do carona, jogado assim meio que displicentemente, não poderia ter sido coisa do Hugo, japoneses são perfeccionistas demais para deixar aquilo acontecer.
Dentro do carro eu, Ricardo, Hidelbrando, Gleice, Clayse (tá parecendo mais um ônibus he he he) e claro o Hugo conversávamos sobre as aulas de língua estrangeira, como sempre Clayse desceu na entrada da Ufal e as despedidas, claro, foram em língua estrangeira: Bye, good night, see you tomorrow e o Hugo manda um asta la vista baby (não tenho a menor idéia se é assim que se escreve he he he).
Seguimos viagem, ao chegar na Bomba (eu disse bomba) do Gonzaga era minha hora de descer, o vidro estava fechado, a porta não abria, Ricardo pede para Hidelbrando descer e tentar abrir a porta por fora, para nossa surpresa quando Hidelbrando tentar abrir a porta...
- A minha porta também está travada, e agora?
No computador de bordo do carro, surge uma mensagem em voz linear, robótica mesmo.
- Este carro irá se auto-destruir em 10 segundos...09, 08
O desespero tomou conta da cena.
Embalados pelas aulas de língua estrangeira a confusão foi geral, eu gritava:
- Hidelbrando, please rápido open the door, open the door
Ele atordoado com a situação respondia:
- O que? I don’t understand
Ricardo numa classe britânica se expressa diante da situação:
- Isso você sabe falar né ? Forget Hidelbrando, open the door now !
Eu pensei com meu zíper, minha camisa não tinha botões.
- Agora lascou, eu também num entendi foi nada
A contagem regressiva continuava e parecia cada vez mais rápida: 06, 05...
A Gleice tentando abrir a porta do seu lado balbuciava alguma coisa que a muito custo eu consegui ouvir.
- I don’t want to die, I don’t want to die
Hidelbrando ao invés de se concentrar em abrir a porta parava para tentar entender alguma coisa.
- Die o que Gleice?
- A gente vai Die é se você não abrir essa porta seu... seu fatman – Gritei desesperado
Naquele momento olhei para o lado, lá estava Hugo, concentrado como só os orientais conseguem ser nos momentos de desespero. Por um instante fiquei mais tranqüilo, aquilo parecia impossível de estar acontecendo, com certeza dentro de sua sabedoria oriental Hugo já tinha a solução para aquela situação.
- Hugo, Hugo o que foi cara, você já sabe o que vamos fazer?
- Eu não to nem entendendo o que vocês estão dizendo... eu to é rezando.
4,3... outra mensagem sinistra aparece no visor do computador de bordo
- Se eu fosse vocês eu correria he he he – desespero geral
2,1...
Hidelbrando consegue abrir a porta e com isso destrava a bomba, quer dizer eu acho que era uma bomba, a última frase que apareceu no visor do computador de bordo foi:
- Bang...would you like sucker a lollypop?
D. Fernando
Como sempre, Darlan e suas histórias mirabolantes.
ResponderExcluirkkkkkkk
Isso é só o começo meu caro.
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