sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Felicidades


Nesse período em que o Rockeiros, poetas e loucos está no ar, muita coisa boa aconteceu, a companhia de vocês aqui lendo e comentando (alguns), a participação dos amigos mandando suas poesias (em especial meu amigo Juca) e a resposta positiva que vocês me dão quando nos encontramos pessoalmente, isso tem feito com que eu continue e tente sempre fazer o melhor. Hoje quero agradecer a todos e desejar um Feliz 2011 com muita saúde, paz, amor e sobretudo muita ALEGRIA!

Alegria, alegria. Faça como eu, sorria!

D. Fernando

E se fosse?



Eu estava pensando em fechar o ano sem postar mais nenhum texto. Mas daí estava aqui em casa hoje fechando o meu outro blog, quando um vizinho que tem um gosto musical horrível, colocou uma música para tocar bem alto (eles sempre fazem isso, ô povinho pobre he he he) e essa ‘canção’ falava que o mundo hoje é gay. Me ocorreu uma série de situações inusitadas com  o que fora afirmado pelo ‘cantor’.

Imagine se esse boilísmo adquirido invadisse o mundo dos quadrinhos e desenhos animados. O He – Man, por exemplo, seria He – Gay. Já pensou ele dizendo:

- Pelos poderes de gayscow, uuui que espada pesada!
- Eu tenho a purpuriiiiiiinaaaaa!

E mirava o raio que saia da espada para o seu mascote, um indefeso gatinho que não desconfia do seu trágico destino, e eis que o coitado se transforma:

- Meeeeaaaauuuuuuiiiiiiiii

E He – Gay o chama:

- Vamos Pantera Cor de Rosa, vamos arrasar com a cara desses vilões horrendos e desclassificados!

 Já pensou. Não vou falar do Batman e do Robin, pois a fama dos dois já fala por si só. Mas e o Super-Homem, imaginem um Super-Gay,  revoltadéééééérrimo com o seu uniforme:

- Arrghh, que cor horrível! Esse negocio de colante azul e cuequinha vermelha já está fora de moda. Acho que vou sair por aí voando nú, nuzinho, ou no máximo com um fio dental rosa, sei lá...

Naquele instante na sala de justiça, Hulk entra todo feliz e saltitante:

- Ah Super-Gay, olha pra mim, olha pra mim!
- Meniiiiina, Hulka quem é a senhora mulher? Arrasando toda rosa, como você conseguiu?
- Ah sei lá! Passou uma estrela cadente e eu pedi para não ser mais verde e sim rosinha!
- Arrasou mona, bate!
- Mas veja bem, imagine Hulka, se você ficasse uma parte verde e outra rosa, também seria o máximo menina.
- Você acha?
- Claro! Você seria o maior destaque no carnaval da mangueira uuuiiiii!

Isso apenas no mundo dos desenhos animados hein!   

D. Fernando

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Aniversário chato? Só se eu não for!


Estão querendo acabar com as fantasias das crianças. Outro dia desses na festa do meu sobrinho colocaram um desses DVDs infantis evangélicos que infestam o mundo por aí. Pois bem, estava tocando uma versão de atirei o pau no gato digamos assim, politicamente correta, sem graça mesmo.Quem cantava a canção era uma senhora com cara de madre Teresa de Caucutá ou não, sei lá, ela é evangélica pode não gostar da comparação, mas tudo bem, eu acho que ela não terá a felicidade de ler isso mesmo. E a letra daquela versão chata dizia o seguinte: “não atirei o pau no gato, pois eu não sou uma criança má la la la la...”

As crianças presentes na festa, todas com aquela carinha de quem não pode ver o gato da vizinha que taca logo um tijolo no bichano, estavam com certeza achando aquilo um saco, dava para ver na expressão de cada um deles.

Como são muito curiosos, perguntavam a todo adulto que passava na sala:

- Tio o senhor já atirou o pau no gato?
- Não crianças, não pode fazer isso, o bichinho não faz mau a ninguém.

E eu no meu canto pensava com os meus botões: Esse aí nunca assistiu o Piu Piu e o Frajola, ô animal!

Mas uma se atrevia a passar na frente da TV, e tome pergunta:

- Tia a senhora já atirou o pau no gato?
- Não meninos e meninas (era da família do Renato Russo), isso é muito feio.

Vocês precisavam ver a cara de decepção da molecada.

Resolvi sair um pouco. Na volta sem querer he he he, passei em frente a TV, os pais dos garotos ficaram me olhando com aquela cara de agora vem bomba e antes mesmo dos meninos me perguntarem alguma coisa, eles já estavam desesperados, fazendo gestos para que eu dissesse que nunca atirei o pau no gato.

Minha filha olhou para mim com aquela carinha de anjinho dela e tascou a pergunta:

- Pai o senhor já atirou o pau no gato?

Nesse instante resolvi olhar para a outra sala onde estavam os pais, que cena, minha esposa desesperada fazendo mímica, minha cunhada ajoelhada, o marido dela gritava, quer dizer, fazia aquele gesto como se estivesse gritando: Não, diga que não pelo amor de Deus!

- Eu filhinha?
- É painho, já?
- Eu atirei o pau no gato, joguei pedra no cachorro, puxei o rabo do macaco e ainda arranquei as penas do papagaio!
- Aaaaêêêêêêê

Gritaram, pularam, estouraram as bolas antes da festa acabar, foi um alvoroço, mas o melhor de tudo é que na correria um loirinho com a cara do Chucky ( pelo amor de Deus não deixem uma faca perto daquele menino) desligou a TV acabando com aquele martírio que tinha se transformado a festa de aniversário.

D. Fernando

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Deserto no meu coração


Deserto no meu coração

Com o frio do vento fazendo estremecer os ossos, eu sigo em frente, procurando as respostas para as dúvidas que insistem em me tirar o sono todas as noites.

O reflexo da luz no chão incomoda os meus olhos, tento apressar os passos, piso firme, mas os pés enterram-se na areia, por mais que eu tente caminhar sozinho é tão difícil.

A luz que me guia parece cada vez mais distante, mas não desisto, brinco loucamente com a possibilidade de nunca alcançá-la, saio de mim por alguns instantes, estendo as mãos para o céu e percebo que estou ajoelhado, como sempre estive a vida inteira.

D.Fernando