domingo, 20 de março de 2011

O Superman dos aniversários infantis


Aqui estou eu novamente escrevendo sobre festa de aniversário de criança. Dessa vez a festa foi aqui em casa. Nossa! Congratulações a quem consegue sair inteiro de uma dessas! É uma guerra!

Bem, minha filha cismou com uma festa a fantasia. Imagine todos aqueles anjinhos fantasiados, sem você saber quem é quem.

Os convidados começaram a chegar, tinha Zorro, Batman, Bailarina, Bruxinha, Surfista e uma infinidade de anjinhos fantasiados. A Darla estava fantasiada de princesa e estava linda!

O que eu não imaginava é que a responsabilidade de ficar de olho na garotada seria minha. Daí foi que eu percebi que teria que está fantasiado de Super-homem. Não, gente, o garoto fantasiado de Batman, que depois eu descobri que era um primo da Darla, ficava com um laço tentando laçar tudo o que via pela frente, era um terror, de repente alguém gritava:

- Segura que ele laçou a TV!

Lá estava eu correndo para salvar a TV. O outro primo da minha filha, que estava fantasiado de Zorro, ficava tentando fazer o símbolo do herói nos balões e chorava, pois os balões estouravam antes dele completar o feito, pense no desespero eu tentando salvar os balões que restavam. A melhor amiguinha da minha filha veio fantasiada de bruxinha, a Darla saiu logo em defesa da amiguinha e disse para quem quisesse ouvir e para quem não quisesse que ninguém chamasse ela de bruxa não. Eu concordei na hora, eu acho que a fantasia ideal dela seria a do The Flash, pois aquela menina é um raio. Tinha uma figurinha que eu não consegui identificar a fantasia dele, era uma mitura de homem-aranha com lagartixa sei lá! Só sei que essa figurinha conseguia subir em qualquer coisa. Bobeava e alguém me perguntava:

- Darlan, cadê o menino lagartixa?
- Sei lá!
- Olha ele lá em cima do muro!

O garoto parecia um gato. E lá estava eu no meio daquela confusão, torcendo para que faltasse energia ou algo assim he he he! Eu olhava para os lados e via minha esposa servindo os convidados, distribuindo doces e simpatia e eu morrendo de inveja, sendo torturado pelos anjinhos, mas tudo bem,  alguém tinha que alimentar os leões.

Na hora de ir embora, anda teve um malinha que deu um bico na minha canela e gritou:

- Tio, minha coca acabou!

No auge do meu desespero eu respondi:

- A coca, a festa, tudo acabou cara...
- E eu vou ficar sem coca é?
- Ferinha! O Pablo Escobar morreu e ficou sem coca, a seleção brasileira perdeu o patrocínio e ficou sem coca, os jogos olímpicos ficaram sem a coca, imagine você...seu boneco da fanta!
Entendendo ou não a minha ironia e meu desespero ele saiu gritando.

- Mãããeee, o tio é doido!

O outro dia após festa é que é tenebroso. Parece que passou um furacão pela sua casa. Começamos a arrumação e para minha felicidade ao abrir a geladeira tinha uma cerveja super gelada que estava escondidinha desde a semana passada, tudo em mim sorriu nesse momento. Foi um dia realmente pesado. Mas ao ver minha filha muito feliz,  cantando e brincando com seus presentes, de ver minha esposa cansada, mas também muito feliz, de sentir o sabor e o frescor de uma cerveja geladinha depois de alguns meses na secura por causa de uma gastrite infeliz e ainda, ouvindo o CD “A Place To Call Home” de Joey Tempest, uma jóia rara do Rock And Roll. Eu pude constatar que esse é um daqueles dias em que você agradece muito, muito mesmo a Deus por está vivo!

D. Fernando

Prisioneiro


Prisioneiro de um estado de dormência
Tão intenso que nem conseguia pensar

Seguia um caminho sem volta
Por entre paredes que delimitavam
Uma estrada que levava a lugar nenhum

A luz apesar de intensa
Ficava a cada passo mais distante

Outro passo a frente
De repente o vento contra a minha face
Se torna mais forte

O frio congela o medo
Me vejo em queda livre
Até ouvir sua voz me chamar

Quebrando de vez o encanto
Do seu olhar.

D. Fernando